Blogs e Colunas

Como a nova elite financeira investe no Brasil (2025)

Family offices, fundos estruturados e a nova cara do investidor brasileiro de alta renda

A transformação do investidor brasileiro de alta renda

Nos últimos anos, o perfil do investidor de alta renda no Brasil passou por uma mudança estrutural. Se antes predominava a figura do cliente de private banking tradicional — com carteiras compostas por fundos multimercados e produtos padronizados —, hoje, o cenário é de sofisticação crescente. A busca por autonomia, performance e propósito impulsiona uma migração do modelo “de prateleira” para soluções customizadas e exclusivas, com estruturas dedicadas de gestão patrimonial.

A globalização financeira e o acesso a informações em tempo real empoderaram essa nova geração de investidores, que exige estratégia, governança e alinhamento de interesses. A relação não é mais apenas comercial; é consultiva e estratégica.

Family offices: o novo epicentro da gestão patrimonial

O conceito e sua evolução no Brasil

Os family offices surgiram como estruturas criadas para gerenciar o patrimônio de famílias empresárias ou indivíduos com grande volume de ativos. No Brasil, o modelo ganhou força a partir dos anos 2010, impulsionado pela liquidez proveniente de sucessões, vendas de empresas e IPOs.

Hoje, essas estruturas funcionam como centros integrados de decisão patrimonial, cuidando desde investimentos financeiros até planejamento sucessório, tributário e filantrópico.

Tipos de family offices

  • Single Family Office (SFO): estrutura exclusiva de uma família, com equipe própria e total independência.
  • Multi Family Office (MFO): compartilha infraestrutura e governança com outras famílias, reduzindo custos e ampliando acesso a oportunidades.
  • Modelos híbridos: combinam autonomia estratégica com serviços especializados terceirizados.

A personalização como diferencial competitivo

O foco dos family offices modernos é proteger e perpetuar o legado familiar. Isso significa entender o DNA de cada família, seu apetite de risco e seus objetivos de longo prazo. É uma gestão que transcende números — é sobre identidade e continuidade.

Da prateleira ao sob medida: a virada cultural do private banking

Durante décadas, o private banking brasileiro prosperou com produtos de prateleira — fundos multimercados, previdência e títulos de crédito —, muitas vezes com estruturas pouco transparentes e margens altas.

Agora, o investidor de alta renda exige mandatos dedicados e carteiras administradas, onde o gestor tem liberdade para construir alocações específicas, alinhadas ao contexto macroeconômico e às preferências pessoais do cliente.

Essa virada cultural coloca o investidor no centro da decisão. Em vez de seguir recomendações padronizadas, ele co-cria sua própria estratégia de gestão.

Fundos estruturados: a arquitetura da sofisticação financeira

FIP – Fundos de Investimento em Participações

Os FIPs permitem que investidores participem diretamente de empresas, financiando seu crescimento e capturando valor na economia real. Para famílias empresárias, representam uma forma de continuar empreendendo de maneira estruturada e profissional.

FIDC – Fundos de Investimento em Direitos Creditórios

Os FIDCs democratizaram o acesso ao crédito estruturado. Eles permitem diversificação de risco e rentabilidade superior, atuando em nichos como consignado, recebíveis imobiliários e financiamento corporativo.

FII – Fundos de Investimento Imobiliário

Os FIIs seguem como instrumentos de renda estável e previsível, muito usados em estratégias de geração de caixa e preservação de capital. Famílias e family offices utilizam esses fundos para equilibrar risco e liquidez dentro de portfólios diversificados.

A sinergia entre family offices e fundos estruturados

Os family offices modernos entendem que fundos estruturados são ferramentas estratégicas para construir e preservar riqueza. Essas estruturas permitem acesso a ativos exclusivos, gestão especializada e governança de alto nível, pilares fundamentais para famílias que desejam perpetuar seu patrimônio por gerações.

Além disso, os fundos estruturados favorecem a segregação de riscos, a eficiência tributária e o alinhamento entre gestor e investidor.

A nova geração de gestores especializados

O papel das casas independentes

O avanço das gestoras independentes marca um novo ciclo de profissionalização no mercado de alta renda. Elas oferecem mandatos sob medida, sem conflito de interesse e com foco total na performance ajustada ao risco.

A Vela Capital Management como exemplo

A Vela Capital Management se destaca nesse novo contexto como uma casa de gestão especializada, que combina rigor técnico, governança sólida e uma abordagem personalizada. Sua atuação reflete o espírito do novo investidor brasileiro: sofisticado, estratégico e exigente.

Estratégias de alocação personalizada

A Vela adota uma abordagem bottom-up e constrói portfólios únicos, adaptados à realidade e ao propósito de cada cliente, priorizando diversificação inteligente e preservação de capital.

Governança, transparência e performance

Com processos robustos e comunicação contínua, a Vela oferece clareza e confiança, transformando gestão em parceria de longo prazo.

O futuro do wealth management no Brasil

O futuro da gestão de fortunas será definido pela integração entre tecnologia, propósito e personalização. A digitalização das operações permitirá maior eficiência, mas o diferencial continuará sendo humano: a compreensão profunda das necessidades e valores de cada família.

Além disso, temas como educação financeira e sucessão patrimonial se tornarão pilares centrais para garantir a sustentabilidade do patrimônio ao longo das gerações.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Family Offices e Fundos Estruturados

1. O que diferencia um family office de um banco de private banking?
Family offices atuam com total independência, representando exclusivamente os interesses da família, sem metas comerciais.

2. Qual é o patrimônio mínimo ideal para montar um family office?
Depende da complexidade patrimonial, mas normalmente é indicado para famílias com patrimônio acima de R$ 50 milhões.

3. Por que fundos estruturados são importantes para investidores de alta renda?
Eles permitem diversificação e acesso a ativos sofisticados com melhor relação risco-retorno.

4. Qual é o papel da governança em um family office?
Garantir decisões transparentes, alinhadas e sustentáveis entre gerações.

5. O que diferencia uma gestora independente como a Vela Capital Management?
A independência, a personalização e o alinhamento total de interesses com o cliente.

6. Como os family offices contribuem para o desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro?
Ao adotar estruturas mais profissionais, contribuem para maior transparência, inovação e liquidez no ecossistema.

São Paulo, 01 de dezembro de 2025.

Coluna
Por:
Victor Martinez
Compartilhe:

Conteúdos recentes