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Tipos de Fundos Imobiliários (Guia Completo 2025)

Introdução

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) se tornaram uma das principais portas de entrada para investidores que buscam renda passiva e diversificação no mercado imobiliário. Mas nem todos os FIIs são iguais. Existem diferentes tipos de fundos, cada um com características, estratégias e riscos específicos.

Neste guia completo, você vai entender as diferenças entre os principais tipos: Fundos de Tijolo, Fundos de Papel, Fundos Híbridos e Fundos de Desenvolvimento, e descobrir qual deles mais se alinha ao seu perfil de investidor.

1. Fundos de Tijolo

Os Fundos de Tijolo são aqueles que investem diretamente em imóveis físicos, como shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, hospitais e agências bancárias. A principal fonte de rendimento desses fundos vem dos aluguéis pagos pelos locatários.

Eles oferecem uma renda recorrente e previsível, geralmente distribuída mensalmente aos cotistas. Além disso, o valor das cotas tende a acompanhar a valorização do mercado imobiliário ao longo do tempo.

Entre os principais tipos de Fundos de Tijolo, podemos destacar: fundos de lajes corporativas, fundos de logística, fundos de shoppings, fundos educacionais e fundos hospitalares.

Perfil ideal: investidores que buscam estabilidade e renda passiva de longo prazo.

2. Fundos de Papel

Os Fundos de Papel não investem em imóveis físicos, mas sim em títulos de crédito imobiliário, como CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LCIs (Letras de Crédito Imobiliário).

Esses fundos funcionam como uma carteira de renda fixa atrelada ao setor imobiliário, com rendimentos oriundos dos juros e correções monetárias desses papéis.

Por dependerem de indexadores como IPCA ou CDI, os Fundos de Papel podem se beneficiar em momentos de alta inflação ou juros elevados.

Perfil ideal: investidores que buscam maior previsibilidade de rendimentos e exposição ao crédito imobiliário.

3. Fundos Híbridos

Os Fundos Híbridos combinam características dos Fundos de Tijolo e dos Fundos de Papel. Eles podem investir tanto em imóveis físicos quanto em títulos de crédito imobiliário, ajustando o portfólio conforme o cenário econômico.

Essa flexibilidade permite que o gestor aumente a participação em imóveis quando o mercado está favorável, ou priorize papéis de crédito em momentos de incerteza.

Em resumo, os Fundos Híbridos oferecem um equilíbrio interessante entre renda previsível e valorização patrimonial.

Perfil ideal: investidores que buscam diversificação e um meio-termo entre risco e retorno.

4. Fundos de Desenvolvimento

Os Fundos de Desenvolvimento são voltados para a construção e incorporação de novos empreendimentos imobiliários. Diferente dos fundos tradicionais, o foco aqui está na valorização do imóvel e no lucro obtido com a venda das unidades construídas.

Esses fundos possuem maior risco, pois dependem do sucesso do projeto, do controle de custos e das condições do mercado imobiliário. Porém, quando bem estruturados, podem oferecer retornos muito superiores aos fundos de tijolo ou de papel.

Geralmente, são indicados para investidores qualificados, com maior tolerância a risco e foco em ganhos de capital.

Perfil ideal: investidores com apetite a risco e visão de longo prazo.

Tabela Comparativa dos Tipos de Fundos Imobiliários

Comparação entre as categorias de fundos

Conclusão: Qual Tipo de Fundo Imobiliário Escolher?

Cada tipo de fundo imobiliário tem suas particularidades, riscos e benefícios. Os fundos de tijolo oferecem estabilidade e renda recorrente, os de papel trazem previsibilidade, os híbridos equilibram estratégias e os de desenvolvimento potencializam ganhos.

O segredo está em alinhar a escolha ao seu perfil de investidor, horizonte de tempo e tolerância ao risco. Com uma carteira bem diversificada entre diferentes tipos de FIIs, é possível construir uma fonte de renda sólida e sustentável no longo prazo.

FAQs sobre Tipos de Fundos Imobiliários

·       Qual tipo de fundo imobiliário é mais seguro?
Em geral, os fundos de tijolo tendem a ser mais estáveis, pois geram renda de aluguéis previsíveis.

·       Fundos de papel são considerados renda fixa?
Não, mas possuem comportamento semelhante, pois seus rendimentos vêm de títulos de crédito atrelados ao setor imobiliário.

·       Fundos híbridos são mais rentáveis?
Depende do cenário econômico e da estratégia do gestor. Eles são mais flexíveis, o que pode aumentar o potencial de retorno.

·       Fundos de desenvolvimento são muito arriscados?
Sim, pois envolvem riscos de execução, mercado e liquidez. São recomendados apenas para investidores qualificados.

·       É possível diversificar investindo em todos os tipos?
Sim, e essa é uma estratégia inteligente para equilibrar risco e retorno no portfólio imobiliário.

São Paulo, 12 de novembro de 2025.

Blog
Por:
Matheus Rocha
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